sexta-feira, 12 de junho de 2009


Tem de se poder partir
contudo ser como uma árvore:
como se a raiz permanecesse na terra,
como se a paisagem passasse e nós ficássemos.
Tem de se conter a respiração
até que o vento amaine
e o ar desconhecido nos comece a envolver,
até que o jogo de luz e sombra,
de verde e azul,
nos mostre as estruturas antigas
e estamos em casa
seja onde for,
e podemos sentar e apoiar-nos
como se fora à sepultura
da nossa Mãe.

Hilde Domin

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