sexta-feira, 28 de novembro de 2008




"O Natal é o tempo em que ficamos grávidos de deus!"


Professor josé Rui Teixeira

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O medo que me corroi



AndCor do textoam a corroer-me os dias, a assombrar-me. Como se também o medo me carcomesse. Do mesmo modo dos caminhos mas sem a restituição da carne nova. Não faltará muito para que minha carne fique desnudada, sarando-se com a carne nova. Não faltará muito para um novo caminho. Sete meses, e três anos se completam. Vou partir para o deserto e anseio muito cultivar. Anseio muito envolver as mãos na terra seca. Anseio muito caminhar com um canto nos lábios e uma estrela na fronte, com cristo no rosto. Não, não é a aridez do deserto que me assombra. O medo que me carcome não pertence ao desconhecido, o medo que me carcome pertence à inevitável e futura ausencia daqueles que me eram intrínsecos. Não são as paredes, são os rostos, e os abraços, e as palavras.
Nestes três anos quase completos voei como nunca antes, o sabor das amoras, a alegria do mundo. Salvaram-me alguns abraços, e dei a salvação a muitos dos que me abraçaram. Nestes três anos aprendi a COMUNHÃO. É incomensurável tudo o que já me entregaram, as mãos que já me estenderam, as vezes que já me embalaram. E há pessoas que aprendi a serem minhas. Que amo tanto, que mesmo vivendo no desassombro, a inevitabilidade da sua perda me corroi. Me esgravata o corpo impetuosamente .
Por estes dias fecho os olhos e desejo fervosamente Sião. O lugar onde somarei todas as carnes carcomidas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Exilada


"Exiliada?
Exiliada sea aquella que algún día tuvo tierra.
No tú
que no tienes ni rastro de polvo en tu memória
aniquilada."

"Exilada?
Exilada seja aquela que algum dia teve terra.
Não tu
que não tens nem rasto de pó na tua memória
aniquilada."

Miriam Reyes em Terra e Sangue (tradução- Jorge Melícias)