terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Sagrada Família

Hoje e no inicio de um novo ano, o dia mundial da paz é dedicado as famílias. A todas as sagradas famílias, e a todas as que se recusem a sê-lo. É lhes dedicada toda a paz e todo o amor que também elas cultivam a cada dia. Admiro muito todas aquelas que embora inundadas pelo sofrimento continuam a sorrir olhando-se a transbordar e acreditando-se, admiro-as muito, a força que as une, o amor que as encarece, o desejo de se fazerem felizes. De se fazerem felizes, a sua própria felicidade nasce daqui, da vontade incomensurável de ver no outro um olhar que já não cabe, um olhar preenchido. É tão bonita esta vontade imensa de querer dar, de querer fazer feliz, é uma benção este altruísmo que une a cada membro.
Quando no domingo, na missa do CREU, o padre Vasco nos falava “ no berço do amor e da vida”, amei tanto a minha, senti-a verdadeiramente como minha, senti que teria olhado para a minha mãe a transbordar, senti que acreditava na minha família plenamente. Sofri por todos os meus momentos de ausência e de incompreensão, de intolerância. E mesmo assim, mesmo percepcionando todos os estes instantes, tive a certeza de que éramos também nós uma sagrada família, e orgulhei-me muito. Senti-me gigante por pertencer a ela, e tão pequenina ao relembrar o calor com que me recebem. O calor dos Natais, dificilmente alguma outra família terá a chama dos nossos Natais, e dos nossos dias. Agradeci incessantemente a deus pelo berço que me deu.
E é também neste dia que peço a Deus que abrace todas as famílias que afogadas no sofrimento vivem amarguradas, aquelas famílias que se desacreditam e que se perderam. Que Deus lhes dê a luz de que tanto precisam e que as faça amar.


Família, “berço do amor e da vida”. Onde se não o próprio berço para aprender a vida e o amor? Onde se não o próprio berço para aprender a viver no amor? É esta família a base de tudo o que seremos, e é tudo o que nela formos que seremos ainda fora dela.